Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand (judia fugida da revolução russa, que
chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920), mostrando uma visão com
conhecimento de causa e sempre actual:

"QUANDO VOCE PERCEBER QUE, PARA PRODUZIR, PRECISA OBTER AUTORIZAÇÃO DE QUEM NÃO PRODUZ NADA;
QUANDO COMPROVAR QUE O DINHEIRO FLUI PARA QUEM NEGOCEIA NÃO COM BENS, MAS COM FAVORES;
QUANDO PERCEBER QUE MUITOS FICAM RICOS PELO SUBORNO E POR INFLUÊNCIA, MAIS QUE PELO TRABALHO, E QUE AS LEIS NÃO NOS PROTEGEM DELES, MAS, PELO CONTRÁRIO, SÃO ELES QUE ESTÃO PROTEGIDOS DE VOCE;
QUANDO PERCEBER QUE A CORRUPÇÃO É RECOMPENSADA, E A HONESTIDADE SE CONVERTE EM AUTO-SACRIFÍCIO;
ENTÃO PODERÁ AFIRMAR, SEM TEMOR DE ERRAR, QUE A SUA SOCIEDADE ESTÁ CONDENADA”.


tradutor / translation

domingo, 23 de dezembro de 2012

Este Natal, terei razões para estar feliz???!!!!


Natal, tempos de meditação e apelo à família. Tempo dos "lugares-comuns" do nosso tempo.
O natal, mais que nunca é o sonho da criançada, dos pequenotes, enfim, dos donos da inocência, porque afinal eles são a razão do natal.
Tempos que deveriam sêr de interioridade, de entendimento e perceção dos desígnios divinos, são convertidos num folclore consumista sem precedentes. O dinheiro apoderou-se dos sentimentos, diria, "comprou" nossa natureza, nossa alma.
Pela parte que a mim toca, não poderei de facto não fazer de conta que também eu estou errado. Estou errado, sim!!!
Os mídia, o marketing fazem o resto, lavam nossas almas, injectam necessidade consumista, abstraem o espiritual, e fomentam a irracionalidade. Eu também sou culpado, confesso!!!
Tenho para mim, que o natal é algo de fantástico, de ternurento, rico de afectos quando falamos dos pequenos, das crianças, porque simplesmente elas não complicam, não são maquineistas , e sorriem só pelo facto de ter que abrir um presente, seja o que que quer que seja que esteja lá dentro.
Defendo um Natal mais refletivo, interiorizante,  mais espiritual, apesar que compreendo que o acessório na sua justa medida pode ajudar ao ambiente natalício.
O Natal não pode ser depressivo, não deve ser opressivo das consciências mal formadas.
O Natal, é a excelência da família, da consciência que não somos uma "ilha", mas sim seres sociáveis e interdependentes uns dos outros.
Eu estou bem, tenho colo, eu tenho o mínimo se assim posso falar em termos materiais e o máximo em questões afectivas.
Quero por isso, confessar a minha mágoa, a minha tristeza, que leva ao titulo deste texto...
                               Este Natal, terei razões para estar feliz???!!!!
 
Tenho sim, muitas, pois não consigo ficar indiferente à miséria que varre este pais.
Como posso estar feliz no aconchego de uma família, se sei que nessa noite (e noutras seguintes, seguintes e mais.... seguintes!!!) uma multidão de pessoas, que são maridos, esposas e filhos vivem uma situação de pré-miséria?
Como posso estar feliz, se sei que alguém nesse momento chora amarguradamente a sua desdita.
Como posso estar feliz, se sei que há crianças que vão dormir mais cedo para esconder o fracasso de uma refeição?
Há milhares, ou centenas de milhar de pessoas deserdadas da sorte, vitimas da politica errática deste governo, sem esperança, que atravessam a noite negra das suas vidas. Imagino o sentimento de alguém, mãe ou pai, que impotente se rende ao desgosto, á mágoa profunda de quem vê uma parte da população consumista, pseudo-feliz, desgastar-se nas correrias aos produtos supérfluos , ao contrário de outros que de forma escassa, quase no limiar da pobreza, lutam por manterem a sua dignidade intacta. Como deve ser difícil, insuportável viver esta situação.
Não quero arriscar, adoraria estar errado, mas suspeito que há muita gente com instintos suicidários pela barbárie que nosso pais atravessa.
O Natal deveria ser para todos, e nunca só para alguns que se fecham em suas casas, quais castelos impenetráveis do seu egoísmo.
 
Natal, é hoje, amanhã e depois de amanhã, e depois de depois de amanhã....!!!

 

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