Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand (judia fugida da revolução russa, que
chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920), mostrando uma visão com
conhecimento de causa e sempre actual:

"QUANDO VOCE PERCEBER QUE, PARA PRODUZIR, PRECISA OBTER AUTORIZAÇÃO DE QUEM NÃO PRODUZ NADA;
QUANDO COMPROVAR QUE O DINHEIRO FLUI PARA QUEM NEGOCEIA NÃO COM BENS, MAS COM FAVORES;
QUANDO PERCEBER QUE MUITOS FICAM RICOS PELO SUBORNO E POR INFLUÊNCIA, MAIS QUE PELO TRABALHO, E QUE AS LEIS NÃO NOS PROTEGEM DELES, MAS, PELO CONTRÁRIO, SÃO ELES QUE ESTÃO PROTEGIDOS DE VOCE;
QUANDO PERCEBER QUE A CORRUPÇÃO É RECOMPENSADA, E A HONESTIDADE SE CONVERTE EM AUTO-SACRIFÍCIO;
ENTÃO PODERÁ AFIRMAR, SEM TEMOR DE ERRAR, QUE A SUA SOCIEDADE ESTÁ CONDENADA”.


tradutor / translation

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Quem nasceu primeiro….

Um dilema, ou talvez não!
O homem existe para servir a economia, ou a economia nasceu para servir o homem?
O homem, principio e fim de todas as coisas, de todas as preocupações, de todas as guerras, está num dilema…. Quem chegou primeiro?
Que o homem vive numa sociedade dita organizada, quiçá civilizada, não dúvido, não questiono. Agora que ele próprio seja vitima da sua própria “ferramenta” que o amordaça, já questiono.
Será que nós homens nos magoamos tal como o operário descuidado se magoa com sua própria ferramenta que só deveria existir para o ajudar? Não sei!
Quando os tecnocratas, os endinheirados, os ditos “mercados” pressionam a sociedade na direcção da miséria, que devemos nós pensar?
Quando vivemos em “democracias”  em que pensamos decidir e no final quem decide é o abstracto dos especuladores financeiros….
Quando o homem é mais um argumento de enriquecimento para alguns (poucos), e de miséria para muitos (milhões), que podemos nós esperar desta sociedade!
Quando a actividade económica é mais uma ciência para produzir lucro, e não uma arte para que avancemos no nosso bem-estar!
Quando nos submetemos a fórmulas matemáticas, como se nós humanos fossemos a modos que uma expressão algébrica!
Quando as ciências económicas, nos escravizam, nos reduzem a meros “parafusos” de uma imensa engrenagem!
Que podemos nós mesmos fazer?
Quando estamos perante retrocessos civilizacionais tão graves, conquistados com suor e sangue pelos povos, retrocessos esses que nos fazem, regressar a meados do século 18, que sociedade é esta?
Quando permitimos que uma ideologia de capitalismo fundamentalista, profundamente liberal,
que nega na sua essência a condição de humanos, com todas as sua fraquezas e virtudes, trocando-a pelo símbolo mais cruel da matemática……. A percentagem (%).
Que podemos nós mesmos fazer?
Se permitimos que nos reduzam a um numero percentual numa lógica de lucro, como se fossemos maquinas, e não seres orgânicos que choram riem, e …. Comem…
Que podemos nós mesmos fazer?
Quando algo corre mal, e os gestores omnipotentes, e prepotentes desviam, negligenciam de forma criminosa os bens financeiros ao seu dispor, produzindo falências e más gestões, e sempre optam em primeira mão pelo despedimento de pessoas, quando se impõem a redução e contenção de custos, esses gestores se comportam como meninos de coro, numa “inocência” atroz, como se eles fossem intocáveis.
Que podemos nós mesmos fazer?
Nesta sociedade dita evoluída, onde o dinheiro esmaga quem não o tem, e a indiferença campeia, e a noção de bem-estar é mais para os “mercados financeiros” que para o trabalho braçal, deveríamos ser rigorosos pela eficiência da justiça, pela escolha de projectos políticos diferentes mesmo que nos pareçam, estranhos, e sermos exigentes para com a classe politica, promovendo o combate a corrupção e trafico de influencias.
Outrossim, será a necessidade suprema de nos manifestarmos na rua, mostrar a força dos povos oprimidos, sacaneados e roubados, e ao fazê-lo mostrarmos a toda essa gente crápula, que nós, os ditos inadaptados, improdutivos, estamos vivos prontos a dar um safanão.
Não tenhamos medo, usemos da única arma verdadeira que temos…. Manifestar na rua.
Realmente quem chegou primeiro foi o homem, e esse é o primado de tudo.
Viver democraticamente sim, viver violentado na sua honra e dignidade…. NÃO!