Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand (judia fugida da revolução russa, que
chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920), mostrando uma visão com
conhecimento de causa e sempre actual:

"QUANDO VOCE PERCEBER QUE, PARA PRODUZIR, PRECISA OBTER AUTORIZAÇÃO DE QUEM NÃO PRODUZ NADA;
QUANDO COMPROVAR QUE O DINHEIRO FLUI PARA QUEM NEGOCEIA NÃO COM BENS, MAS COM FAVORES;
QUANDO PERCEBER QUE MUITOS FICAM RICOS PELO SUBORNO E POR INFLUÊNCIA, MAIS QUE PELO TRABALHO, E QUE AS LEIS NÃO NOS PROTEGEM DELES, MAS, PELO CONTRÁRIO, SÃO ELES QUE ESTÃO PROTEGIDOS DE VOCE;
QUANDO PERCEBER QUE A CORRUPÇÃO É RECOMPENSADA, E A HONESTIDADE SE CONVERTE EM AUTO-SACRIFÍCIO;
ENTÃO PODERÁ AFIRMAR, SEM TEMOR DE ERRAR, QUE A SUA SOCIEDADE ESTÁ CONDENADA”.


tradutor / translation

terça-feira, 19 de abril de 2011

Os submarinos…..Afundaram-nos????


Pois, os submarinos parecem ter-nos afundado. Dois submarinos que custaram aos cofres do pais, que equivale a dizer…aos bolsos dos Portugueses a módica quantia de 712 milhões de euros cada um deles.
Bom, até aqui nada a opor, a não ser da utilidade dos equipamentos para o pais que se sabe atravessar dificuldades financeiras graves, já que não estamos no domínio do projecto de segurança militar, ou da estratégia de defesa do pais.
Mas o que já poderemos opinar, é sobre a conduta dos responsáveis políticos no estudo, adjudicação, e contrapartidas financeiras dos equipamentos móveis a que se chama de submarinos.
Sabemos que custam 712 milhões de euros cada, e acreditamos que esse valor é justo, e está de acordo com o “know-how” aplicado nos submersíveis, por isso Já não discuto a relação custo/benefício desta compra, que pode ser sempre posta em causa.
Como são acordados estes preços, desconheço, que “vantagens” pessoais possam daí advir para quem está nesse processo já quase posso adivinhar, desde “luvas”, benesses pessoais em imobiliário, ou mesmo políticos também não será difícil imaginar, mas não defender o interesse público, os superiores interesses da nação é que já não entendo.
Que poder pode ter um ministro que por razões desconhecidas aceita que o fabricante dos submarinos baixe a qualidade dos instrumentos nos dois submarino no valor de 30 milhoes (*) de euros, e dê o seu aval a tal barbárie? Porquê decide ele isso, se o dinheiro é do povo, e ele meramente é um responsável politico a quem se pede honestidade e competência nas coisas publicas?
Que leva um ministro a aceitar a baixa de qualidade do equipamento em 30 milhões de euros e dizer….OK, pague-se!!!.
E se fosse ele a pagar? Sim se fosse do bolso dele que saísse o dinheiro, como agiria ele?
Porque é tão solicito a aceitar essa quebra de valor em tecnologia, e mesmo assim dar seguimento a ordem de pagamento? Porque não foi tão exigente esse responsável politico na obrigatoriedade de cumprimento escrupuloso do acordo de fabrico dos submarinos? Se fosse em seu proveito directo, agiria da mesma forma?
Porque é que o mesmo politico não forçou o fabricante de submarinos a cumprir com as contrapartidas previstas no contrato, aliás procedimento muito comum nestas matérias, lesando assim de forma directa os superiores interesses do estado Português?
Se fosse em negócio próprio, agiria assim o dito ministro?
Eu sei responder a tudo isso, e de forma directa……, ele, esse ministro que hoje se candidata a eleições como chefe de um partido, sempre falando com voz austera, colocada como se de um intocável se tratasse, faria tudo ao invés do que decidiu, ou seja, não pagaria a mais o que não lhe foi dado, e exigiria as contrapartidas combinadas, porque simplesmente o dinheiro neste caso seria o seu, o dinheiro de seu pecúlio.
Se estivesse em negocio próprio seguramente ele não actuaria assim, porque lhe doía, mas como se trata de dinheiros públicos, e a memória do povo é curta, é fartar vilanagem.
Em democracia, o povo tem a fugaz alegria de penalizar os prevaricadores e incompetentes no voto, o que não deixa de ser uma “vitória de Pirro”, na medida em que mudando o lixo, as moscas são sempre as mesmas.
Nesta democracia, não basta penalizar pelos votos, não basta retira-los do poder, mas sim criar regras transparentes, e decisões de natureza colegial para impedir fraudes, embustes comerciais, e benesses directas de carácter pessoal.
Nesta democracia, deveríamos aprender a chamar a casos de má gestão de recursos públicos….caso de policia!!!
Ser mais exigente, e escrupuloso na coisa publica é um dever de quem nos governa, e ter neles a maior confiança, o que a não ser assim, os deveria converter em pessoas que teriam que justificar em tribunal os desmandos, a incompetência com que esbanjam o dinheiro publico.
Estão impunes, eles sabem que nada lhes acontecerá, e que na pior das hipóteses, o povo será chamado a pagar através das medidas draconianas de austeridade que agora o FMI e a Comunidade Europeia se preparam para nos aplicar.
No fim, eles passam por cima da miséria que espalham, como gato sobre brasas, ou seja, assobiam para o ar, como se nada fosse com eles.
Basta, chega de incompetência, e sim ao assumir de responsabilidades criminais sobre o desperdício de sangue suor e lágrimas de um povo sem sorte nos políticos que dirigem os seus destinos!!!


(*) Vêr noticia de primeira página em JORNAL DE NOTÌCIAS de 18/04/2011.

Nota.: um dos submarinos deu entrada no estaleiro, 30 dias após ter entrado ao serviço da Marinha de Guerra Portuguesa, com problemas técnicos tais, que o impediam de navegar, e eram novos esses barcos!!!

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